quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

1º de Janeiro de 2024 - 30 anos da GUERRILHA DE CHIAPAS

                          

No dia 1º de Janeiro de 1994, é lançada a GUERRILHA DE CHIAPAS

Levante Zapatista ou Revolta de Chiapas foi uma rebelião iniciada em 1 de Janeiro de 1994 no estado mexicano de Chiapas. O levante, liderado pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional, teve repercussão internacional, devido às suas demandas por justiça e defesa dos direitos dos povos indígenas e dos pobres do México.

No primeiro dia de 2024, o movimento zapatista celebrou 30 anos do levante armado de 1 de janeiro de 1994, em Chiapas, no México. Os festejos se deram em meio a um duro contexto: o aumento do narcotráfico na região; a ameaça de projetos desenvolvimentistas nas comunidades por parte do governo mexicano, como o Trem Maya; a acentuação do colapso ecológico pela hidra capitalista que afeta as suas plantações e a vida comum.

Diante das distintas adversidades, o movimento não teve medo de se reinventar. Recentemente, anunciaram uma mudança nas suas estruturas: as centenas de municípios autônomos estão sendo substituídos por Governos Autônomos Locais, que poderão controlar seus espaços autônomos administrativos (como escolas e clínicas).

Veja mais informações, acessando matéria do site BRASIL DE FATO.



Essas mudanças vieram acompanhadas de quatro dias de festejos, no Caracol Dolores Hidalgo, um dos centros administrativos zapatistas.

1º de Janeiro - 65º aniversário do TRIUNFO DA REVOLUÇÃO CUBANA

                                   

O 1º de janeiro de 2024, marca também o 65º aniversário do TRIUNFO DA REVOLUÇÃO CUBANA (ocorrido no 1º de Janeiro de 1959)

Sob a liderança de Fidel Castro, organizados no Movimento 26 de Julho, o Exército Rebelde e outras forças políticas (operários, trabalhadores rurais e estudantes) se levantaram contra a ditadura de Fulgêncio Batista, sustentado no poder pelos Estados Unidos. No dia 1º de Janeiro de 1959 tomam o poder em Cuba. Nessa Revolução participaram com destaque, Ernesto Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Raul Castro, Haidé Santamaria e Célia Sanches, entre outros, além da grande massa de trabalhadores e explorados.

As Primeiras Medidas tomadas pelo povo no poder, foram:

1º) Reforma Agrária;

2º) Oportunidades de trabalho;

3º) Educação gratuita para todos;

4º) Assistência médica gratuita para todos;

5º) Ninguém pagará de aluguel mais de 5% do seu salário.

A Revolução Cubana deu um susto muito grande na burguesia de todo o continente americano. E até hoje, é exemplo a ser seguido pelos revolucionários de todo o mundo.

Cuba é um país livre!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

DIA DO MÁRTIR PALESTINO ... 100.000 VÍTIMAS DESDE AL-NAKBA


7 de janeiro, marca o Dia do Mártir Palestino anunciado em 1969.


100.000 palestinos morreram desde a Al-Nakba em 1948 até 2020, e 11.000 morreram desde a segunda Intifada (2000-2005) até este dia, de acordo com o Centro Nacional de Informação dos Palestinos.

O centro observou que o ano de 2014 foi o mais sangrento em que o número de mártires palestinos foi de 2.240; incluindo 2.181 habitantes de Gaza que foram assassinados durante a guerra de Israel em Gaza. 

Em 2019, Israel matou 151 palestinos e outros 48 em 2020, na primeira semana de 2021, um jovem de Hebron foi morto por Israel.

O número de cadáveres retidos pelas autoridades israelenses durante o ano passado chegou a 13, elevando para 73 o número de corpos apreendidos nos últimos cinco anos.

Desde 1968, 254 corpos foram apreendidos no chamado “cemitério dos números”, elevando o número total para 327.

O Dia dos Mártires Palestinos foi anunciado quatro anos após a morte do primeiro palestino assassinado na Revolução Palestina Armada, Ahmed Mousa Salama.

Neste dia, os palestinos recordam os mártires mortos em todas as fases da revolução de todas os partidos palestinos, dentro e fora das prisões e nas fronteiras.

Os palestinos comemoram este dia em todos os lugares visitando os santuários dos mártires, plantando flores e organizando marchas ou eventos.

Fonte: Safa

Tradução: IBRASPAL

Violência e baderna em tentativa de golpe em Brasília


Na data de domingo 08 de janeiro de 2023, Brasília viveu uma clara e evidente tentativa de golpe, patrocinada por setores bolsonaristas, que levaram caravanas de baderneiros a invadirem o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF.

Em cenas de violência explícita patrocinaram agressões e quebra-quebra às instalações físicas dos três poderes.

O episódio que foi posteriormente (e momentaneamente) controlado, revelou a conivência e/ou omissão de várias autoridades públicas, além das mobilizações realizadas pelas redes sociais e cumplicidade de amplos setores das forças de segurança no Distrito Federal.

Esse ocorrido demonstra que não será fácil a tarefa do Governo LULA em implementar suas ações e manter a governabilidade.

Independentemente dos passos que forem dados para punir os responsáveis, desde os organizadores e incentivadores, até os executores do intuito golpista, fica o alerta que só será possível enfrentar essa onda fascista, denominada de bolsonarismo, com a mobilização social, com povo na rua se contrapondo aos golpistas e em apoio as ações do Governo LULA.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

O Massacre da Chácara São Bento - Um dos maiores crimes da Ditadura Militar no Brasil

                           


Era janeiro de 1973, entre os dias 7 e 8, a Ditadura Militar no Brasil, através de seus órgãos de repressão, cometem um massacre, ou chacina, numa localidade na zona rural de Paulista/PE.

O episódio criminoso ficou conhecido como O Massacre da Chácara São Bento.

Na localidade foram assassinados(as) covardemente, seis militantes revolucionários, integrantes da VPR - Vanguarda Popular Revolucionária, um dos grupos de esquerda que pegaram em armas contra a Ditadura Militar, instalada com o Golpe de 1964. 

Eudaldo Gomes, Pauline Reichtsul, Soledad Barret, José Manoel, Jarbas Marques e Evaldo Luiz 

As vítimas do massacre da granja São Bento foram Soledad Barret, Jarbas Marques, Eudaldo Gomes da Silva, Evaldo Luiz Ferreira de Souza, Pauline Reichtsul e José Manoel da Silva.

Um pouco da história

Os seis militantes, entre outros, estavam integrados num projeto de montar uma base da VPR em Pernambuco e por quase um ano vinham articulando maneiras de reiniciar a luta armada urbana contra o regime militar.

A pessoa que estava à frente da organização em Pernambuco, era José Anselmo dos Santos, ex-marinheiro brasileiro conhecido como cabo Anselmo. Ele foi um dos principais agentes duplos da ditadura militar e delatou ao menos 200 militantes. Sendo que cerca de cem perderam suas vidas. Seis delas durante uma chacina no então município de Paulista, em Pernambuco, o chamado Massacre da Granja (ou Chácara) São Bento.

O cabo Anselmo articulou uma falsa reestruturação do grupo revolucionário em Pernambuco e os entregou para serem aniquilados por policiais e militares. Entre os assassinados estava a mulher com quem Anselmo viveu maritalmente em Recife, a militante paraguaia Soledad Barret Viedma, que inclusive estava grávida.

"Em 1971, a luta armada de esquerda estava desmobilizada. Anselmo concordou em ser usado pelo regime para dar esse tiro de misericórdia. Era para passar um sinal para os outros grupos de que a luta armada não valeria a pena", segundo afirma Luiz Felipe Campos autor de um dos livros que trata do episódio. Um dos “comandantes” de Anselmo nessa trama foi o famoso delegado torturador Sergio Paranhos Fleury, um obstinado perseguidor de rebeldes que atuou no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo.

Entre os dias 7 e 8 de janeiro de 1973, os seis foram presos. Seus corpos foram encontrados crivados de balas nas proximidades da chácara São Bento, no dia 9. Dos 32 projéteis encontrados nos corpos, 14 estavam alojados nas cabeças das vítimas. Diversas armas foram espalhadas ao redor dos cadáveres. A polícia, na ocasião, disse que desbaratou um congresso de militantes da VPR. Trocou tiros com eles. Matou todos. E nenhum policial saiu ferido, nem de raspão.

Uma das razões para a chacina ter ocorrido foi que o jogo duplo de Anselmo começou a ser desvendado. Na antevéspera do massacre, Soledad, a mulher dele, recebeu uma carta em que o comando da VPR que estava exilado no Chile alertava sobre a possibilidade da traição de Anselmo. Ingenuamente, ela mostrou a carta para o ex-militar. Foi sua sentença de morte e dos outros cinco companheiros dela. Assim que o sexteto foi preso, Anselmo deixou Recife da mesma forma que chegou, clandestinamente.

A imprensa, à serviço da Ditadura Militar, publica o episódio de acordo com a versão montada pelos órgãos de repressão.




Um Perfil de cada Revolucionário(a)

A partir dos documentos revelados e das ações das instituições empenhadas em desvendar os crimes da Ditadura Militar

Clique nas imagens para acessar as informações.

Soledad Barret Viedma
 
Pauline Reichstul

José Manoel

Jarbas Marques

Evaldo Luiz


Imagens Fortes

Fotos dos arquivos da repressão à época, reveladas posteriormente, graças aos esforços dos movimentos (entre eles o Movimento Tortura Nunca Mais) responsáveis por identificar os fatos históricos e revelar as vítimas da repressão, mostram claramente que as vítimas (os militantes revolucionários) foram torturados(as) e executados(as) covardemente.

Foto do local do Massacre, a Granja São Bento

As fotos a seguir, mostram os corpos com marcas de torturas e sevícias, mortos anteriormente ao anúncio para a imprensa.

A montagem das cenas é flagrante, na posição dos corpos e nas marcas de balas na cabeça.
 
























Fontes pesquisadas:

1 - https://www.fundacaoastrojildo.org.br/8185/
2 - https://memoriasdaditadura.org.br/
3 - https://documentosrevelados.com.br/?s=%22s%C3%A3o+bento%22
4 - https://revistacontinente.com.br/secoes/lancamento/o-massacre-da-granja-sao-bento
5 - https://anistiapolitica.org.br/abap3/2017/08/31/o-massacre-da-granja-de-sao-bento-aborda-morte-de-guerrilheiros-na-ditadura/

SOLEDAD BARRET VIEDMA

                                                 








Soledad Barret Viedma foi militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Nascida no Paraguai, Soledad era de uma família culta e politizada. Era neta do renomado escritor hispano-paraguaio Rafael Barrett. Por causa do ativismo político de sua família, que a obrigava ao exílio, viveu na Argentina e no Uruguai. Aos 17 anos, foi sequestrada por um grupo de neonazistas que exigiram que ela dissesse “viva Hitler”. Diante da negativa, marcaram suas coxas com a suástica nazista.

Cansada das perseguições, Soledad decidiu ir a Cuba. Lá, conheceu o brasileiro José Maria Ferreira de Araújo, militante da VPR exilado na ilha. Com ele, que desapareceria em 1970, teve uma filha, Ñasaindy de Araújo Barret. No Brasil, Soledad passou também a integrar a organização.

Em 1973, a militante e mais cinco companheiros da VPR foram assassinados nos arredores do Recife (PE), num episódio conhecido como o Massacre da Chácara São Bento. Segundo a versão oficial, os militantes foram mortos numa troca de tiros na chácara. O jornalista Elio Gaspari, em “A ditadura escancarada”, classifica o episódio como “uma das maiores e mais cruéis chacinas da ditadura”. Segundo a versão do jornalista, os militantes foram capturados em ao menos quatro pontos distintos do Recife, torturados e depois levados até a chácara. Foram encontrados 26 tiros nos corpos dos militantes, sendo 14 deles na região da cabeça, o que evidenciaria mortes por execução.

As forças da repressão, chefiadas por Sérgio Paranhos Fleury, teriam conseguido obter informações sobre a localização dos militantes graças aos serviços de Cabo Anselmo, militar que se infiltrou na VPR e, inclusive, mantinha um relacionamento com Soledad, que estava grávida de um filho dele. Segundo o livro “Luta: substantivo feminino”, o cadáver de Soledad apresentava marcas de algemas nos pulsos e equimoses espalhadas pelo corpo.

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VEJA TAMBÉM UMA HOMENAGEM EM VÍDEO DA TV RAÍZES DA CULTURA:



domingo, 1 de janeiro de 2023

Histórico - 20 anos depois da primeira posse LULA volta ao Planalto


Um momento histórico para a política no Brasil, após 20 anos de sua primeira posse (01/01/2003), Luiz Inácio LULA da Silva, sobe (nesse 1º de janeiro de 2023) a rampa do Planalto, acompanhado de representantes de vários seguimentos sociais, historicamente excluídos e marginalizados, além de sua esposa Janja e de seu vice, Geraldo Alkmin.

Esse 1º de janeiro de 2023, com a posse de LULA, marca a interrupção do processo golpista que teve início com o afastamento da Presidente Dilma Roussef, em 2016, que trouxe uma série de agressões e perdas de direitos e vidas, primeiramente com Michel Temer e após 2019 com o famigerado governo de Bolsonaro.

Os desafios do novo Governo são imensos, diante de todo mal que foi causado à maioria da população brasileira e com a profunda divisão política existente, o que vai requerer muita mobilização social e decisões políticas fortes.

Más, inegavelmente, esse momento trás uma luz de esperança.

Esperança de que se possa recuperar parte do que foi destruído e reconstruir os elementos fundamentais para se fazer avançar a construção de uma sociedade razoavelmente democrática.