sábado, 29 de fevereiro de 2020

Suécia, o país onde deputados não têm assessores, dormem em quitinete e pagam pelo cafezinho


Para os deputados suecos do novo Parlamento, eleito em setembro passado, a realidade é a austeridade de sempre: gabinetes de sete metros quadrados, apartamentos funcionais pequenos e rígidos limites para o uso do dinheiro dos contribuintes no exercício da atividade parlamentar.

Não são oferecidos a deputados suecos benefícios extras como aqueles concedidos a parlamentares no Brasil, a exemplo de verbas para fretamento de aeronaves; aluguel e demais despesas de escritório político na base eleitoral; alimentação do parlamentar; contratação de secretária e entre 25 e 50 assessores particulares; ressarcimento de gastos com médicos; auxílio-creche pago por cada filho até os seis anos de idade; auxílio-mudança para se transferir para a capital; fundos para contratação de consultorias; assinatura de publicações e serviços de TV; além de verba para divulgação de mandato.

Deputado bolsonarista e criminoso rompe acesso à terra indígena

Deputado estadual Jeferson Alves corta bloqueio feito com uma corrente. Foto: Reprodução.
O deputado estadual Jeferson Alves (PTB-RR), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), derrubou na manhã desta sexta-feira (28), um bloqueio que controla o acesso à BR-174, que liga Manaus (AM) a Boa Vista (RR) e que corta a terra indígena Waimiri Atroari, onde vivem os índios kinja.

O deputado contou com o auxílio de uma motosserra e um alicate para cortar uma corrente usada para controlar o acesso na rodovia. A ação foi filmada pelo próprio parlamentar e por apoiadores. Na gravação, Jeferson evoca ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) quando se posiciona na mesma linha do presidente em ir contrário a atuação das ONGs, em especial as que cuidam dos povos indígenas. "Se depender de mim, essa corrente nunca mais vai deixar o meu Estado isolado. Presidente Bolsonaro, é por Roraima, é pelo Brasil e não a favor dessas ONGs [Organização sem fins lucrativos] que maltratam o meu estado", exaltou.

Nas redes sociais, o deputado disse que interrompeu um ciclo que dura mais de 40 anos. De acordo com a assessoria dele, a retirada da corrente foi uma promessa de campanha e é um anseio antigo da população roraimense. "A retirada da corrente que impede o trânsito na BR-174 é um anseio antigo da população roraimense e uma promessa de campanha do deputado Jeferson Alves (PTB-RR)", afirmou em nota. A assessoria também disse que o deputado está com a "consciência tranquila", já que entende que não cometeu crime algum.

De acordo com o Instituto Socioambiental, houve interferência nas terras dos índios kinja em decorrência da instalação de uma empresa mineradora na região e do alagamento de parte de seu território pela construção de uma hidrelétrica.
Ataque a ONGs e Indígenas

Uma das pautas tratadas com maior ênfase por Bolsonaro é a demarcação e exploração de terras indígenas. No início deste mês, o chefe do executivo voltou a defender a regulamentação da exploração das terras indígenas. "A gente está com um projeto aí pra a terra indígena, que se o índio quiser, ele vai fazer a mesma coisa que o fazendeiro do lado faz", afirmou o presidente em conversa com apoiadores.

Em outra ocasião, Bolsonaro também já comentou que as questões indigenistas atrasam o país e que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) presta um desserviço para o Brasil. "[Roraima] É um dos estados mais ricos do Brasil, nas questões de reserva. Nós estamos com dificuldades de levar a União para lá por questões indigenistas. O Cimi sempre prestou um desserviço para o Brasil", disse no final de janeiro deste ano.


Outro fato "curioso" é que o Deputado CRIMINOSO teve seus bens acrescidos de forma exagerada em apenas dois anos, como mostra a matéria a seguir.

Bens do deputado da motosserra saltaram de R$ 300 mil, em 2016, para R$ 1,67 milhão, em 2018

O assobio de Bolsonaro à matilha


É preferível exceder-se nas preocupações do que subestimar as tendências ditatoriais e militaristas que adquiriram contorno bastante nítido no início do 2º ano da barbárie bolsonarista.
Do jornalista Jeferson Miola, em seu blog:

Com o assobio à matilha fascista representado na convocação de manifestações hostis ao Congresso e ao STF, Bolsonaro confirma seu desapreço pela débil institucionalidade ainda vigente no regime de exceção e sulca o caminho para o avanço ditatorial.
O assobio do Bolsonaro à matilha tem similitude histórica com o processo de esgarçamento institucional, político e social por meio do qual Hitler se alçou ao poder e implantou o regime nazista na Alemanha dos anos 1930.
Ante esta realidade ameaçadora, é preferível exceder-se nas preocupações do que subestimar as tendências ditatoriais e militaristas que adquiriram contorno bastante nítido no início do 2º ano da barbárie bolsonarista.
Este artigo, escrito em 2 partes, pretende abordar o significado do assobio do Bolsonaro à matilha à luz da experiência histórica do avanço nazista. Afinal, o parentesco ideológico do bolsonarismo com o nazi-fascismo é cada vez mais notório. Não somente devido às semelhanças temperamentais e pessoais dessas 2 figuras abjetas que são Bolsonaro e Hitler, mas porque ambos representam saídas escolhidas pelas próprias classes dominantes em momentos de crise do capitalismo.
*** ***
Parte 1 – o incêndio de Reichstag, a adesão da burguesia e o ascenso de Hitler
No livro A ordem do dia, o escritor francês Éric Vuillard ilustra como a adesão política e financeira de líderes empresariais e dirigentes de grandes indústrias foi fundamental para a ascensão de Hitler e dos nazistas ao poder.
Vuillard mostra que atuais multinacionais alemãs como Allianz, Basf, Bayer, Thyssenkrupp, Opel, Krupp [atualmente ThyssenKrupp] e Siemens corresponderam aos apelos de Hitler e doaram dinheiro para a campanha do Partido Nazista no pleito de novembro de 1932.
Naquela eleição parlamentar, o Partido Nazista obteve a maior votação proporcional, porém não suficiente para indicar Hitler como Chanceler [Primeiro-Ministro] da Alemanha. Mas em 30 de janeiro de 1933, com o apoio e a pressão da burguesia alemã, Hitler ascendeu ao cargo.
O incêndio de Reichstag [Parlamento alemão] na noite de 27 de fevereiro de 1933, falsamente atribuído ao Partido Comunista [PC], foi aproveitado por Hitler para consolidar seu poder e, assim, avançar na implantação do regime nazista. “Se esse incêndio tiver sido obra dos comunistas, como acredito, precisamos exterminar essa peste assassina com punho de ferro”, alardeava o Führer.
De acordo o ministro de propaganda nazista Goebbels o objetivo era, “por meio do incêndio e do terror, causar tumultos e, em meio ao pânico geral, tomar o poder”. E de fato foi o que aconteceu à continuação, com a consolidação da ditadura nazista que, poucos anos depois, arrastou o mundo aos horrores da 2ª guerra mundial.
Na mesma noite do incêndio de Reichstag, parlamentares, funcionários e dirigentes do PC foram ilegalmente presos e torturados pelas SA, as milícias paramilitares nazistas, em prisões clandestinas, onde alguns deles morreram em consequência dos suplícios sofridos.
No dia seguinte, 28 de fevereiro, no embalo da propaganda nazista da “ameaça comunista”, o presidente Paul Von Hindenburg assinou Decreto que extinguiu a liberdade de imprensa, de expressão e de reunião; proibiu jornais independentes e autorizou a intervenção do governo central nos governos regionais para “garantir a paz e a ordem”.
O Decreto foi uma arma sob medida para Hitler ampliar a perseguição e aniquilamento dos seus “inimigos”. Estudos documentam que em abril de 1933, menos de 2 meses depois do incêndio, cerca de 25 mil pessoas haviam sido detidas. Muitas delas, inclusive, em campos de concentração.
A “ameaça comunista” serviu como anestésico para a população; mas, sobretudo, foi usada como insumo para a retórica agressiva das elites e da imprensa dominante contra a resistência e a oposição democrática e popular ao nazismo.
Nos anos posteriores, esta propaganda foi ampliada com o anti-semitismo, o racismo aberto, a misoginia, preconceitos e perseguições de toda ordem, levando ao holocausto milhões de pessoas, principalmente judeus.
Com a imprensa burguesa funcionando como repetidora da retórica nazista e com a imprensa independente proibida, grande parte da população se convenceu que o PC tentara um golpe e que Hitler salvaria o povo alemão da “ameaça comunista” e da degradação racial.
O jornalista britânico Chris Harman no livro Trotsky – Como esmagar o fascismo, anota que mesmo com o avanço do terror nazista, “os líderes sociais-democratas decidiram que como Hitler havia chegado ao poder ‘legalmente’, eles não poderiam agir agora”.
Estes setores iludiam-se que “diante do governo e suas ameaças de golpe de Estado, os sociais-democratas e toda a Frente de Ferro mantém-se firme no solo da Constituição e da legalidade’ [sic]”.
O autor afirma ainda que “Apesar das contínuas ameaças, seus líderes faziam discursos corajosos no Reichstag – e depois garantiam que a oposição ao governo nazista seria ‘constitucional’”.
A candura da maioria do Reichstag e a complacência da social-democracia e da elite com Hitler – considerado o antídoto eficaz ao comunismo – cobrou um altíssimo preço histórico. As cicatrizes da crueldade e da barbárie nazista ficarão inapagáveis por toda a eternidade da existência humana.
No ensaio O que é o nazismo, escrito em 1934, Trotsky foi profético ao interpretar o nazismo como hipótese totalitária intrínseca ao próprio capitalismo em momentos de crise exacerbada e que, em vista disso, conta com a adesão das oligarquias dominantes e suas distintas frações:
Absolutamente falsas são as esperanças de que o governo Hitler cairá amanhã, se não hoje, vítima de sua incoerência interna. Os nazistas necessitavam de um programa para chegar ao poder; mas o poder serve a Hitler nem um pouco para aplicar seu programa. Suas tarefas são dadas pelo capital monopolista.
[…] O fascismo alemão, assim como o italiano, se ergueu ao poder nas costas da pequena-burguesia, que foi tornada bode expiatório contra as organizações da classe trabalhadora e as instituições democráticas. Mas o fascismo no poder é tudo menos o governo da pequena-burguesia. Pelo contrário, ele é a ditadura mais impositiva do capital monopolista.
Mussolini tem razão: as classes médias são incapazes de políticas independentes. Durante os períodos de grande crise, são invocadas a seguir os absurdos das políticas de uma das duas classes fundamentais. O fascismo conseguiu colocá-los a serviço do capital”.
A analogia da realidade brasileira com a tragédia da Alemanha dos anos 1930 alerta para a necessidade urgente de um padrão distinto de enfrentamento, para impedir que o Brasil tenha a mesma evolução insana com Bolsonaro. Antes que seja tarde demais.

Comprovando que houve Golpe de Estado na Bolívia, Washington Post desmente OEA e nega fraude nas eleições da Bolívia


O jornal estadunidense Washington Post publicou uma análise nesta quinta-feira (27) apontando que as eleições de outubro de 2019 na Bolívia, que elegeram o ex-presidente Evo Morales, foram legítimas. Uma suposta fraude eleitoral foi apontada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi um dos motivos do golpe de Estado que derrubou Morales e instaurou um governo autoritário no país.

“Não parece haver diferença estatisticamente significativa na margem antes e depois da interrupção da votação preliminar. Em vez disso, é altamente provável que Morales tenha ultrapassado a margem de 10 pontos percentuais no primeiro turno”, afirma análise publicada no Post.

O texto dos pesquisadores John Curiel e Jack R. Williams aponta que a OEA não embasa a argumentação da fraude em estudos prévios e não traz evidências significativas que suportem a tese.

O estudos aponta ainda que foram feitas 1000 simulações a partir dos resultados que foram divulgados previamente pelo Tribunal Eleitoral da Bolívia e que Evo Morales teria, pelo menos, 10,49 pontos percentuais de vantagem sobre o opositor Carlos Mesa. Dessa maneira, venceria em primeiro turno.

“Não há evidências estatísticas de fraude que possamos encontrar – as tendências na contagem preliminar, a falta de um grande salto no apoio a Morales após a interrupção e o tamanho da margem de Morales parecem legítimos. Em suma, a análise estatística e as conclusões da OEA parecem profundamente falhas”, aponta o texto.

Desde que a OEA publicou as primeiras alegações (seguindo a oposição da Bolívia), a Fórum deu destaque para a fragilidade da tese. Acompanhamos a atualização dos dados e pode ser visto um crescimento gradual de Morales.

Em novembro, o Center for Economic and Policy Research (CEPR), com sede em Washington, apurou o processo eleitoral da Bolívia e não constatou fraudes na contagem das urnas ou na divulgação dos resultados. “Os lugares rurais e mais pobres, que tendem a favorecer Morales fortemente, são os mais lentos em transmitir os dados ou enviar as cédulas de voto os tribunais eleitorais”, afirmou o órgão.

Em dezembro, um grupo de 100 estatísticos e economistas de todo o mundo respaldaram o estudo do CEPR e apresentaram gráficos apontando as incongruências da OEA.

Em seguida, a OEA publicou um informe completo sobre as eleições e foi logo rebatida pelo Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (CELAG).

Segundo a CELAG, a OEA, em sua avaliação, trata principalmente do sistema de divulgação de dados prévios da apuração (TREP) e não os resultados consolidados. Além disso, o centro aponta que a entidade não traz denúncias contundentes capazes de comprovar uma fraude.

O centro aponta que na avaliação sobre o sistema de dados TREP, a OEA omite que: “1) este não é o sistema de contagem oficial, 2) o TREP não estava desenhado para apresentar dados acima de 90% em nenhum caso e 3) que as supostas irregularidades no procedimento de carga de dados, caso sejam verdadeiras, só justificariam uma irregularidade procedimental, já que nada se prova sobre como e para que se utilizaram supostos servidores adicionais”

Por respeito ao Estado Democrático de Direito, 215 organizações e entidades assinam nota públicaIndígenas manifestam-se em frente ao Ministério da Justiça, durante o ATL 2019. Foto: Leo Milano/MNI

Indígenas manifestam-se em frente ao Ministério da Justiça, durante o ATL 2019. Foto: Leo Milano/MNI

POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO CIMI
Em nota pública, cerca de 215 organizações e entidades se manifestam pelo respeito ao Estado Democrático de Direito nesta quinta-feira, 27. O documento expressa o repúdio aos recentes ataques do presidente da República, Jair Bolsonaro ao convocar manifestações públicas contra o Supremo tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
“Inaceitável que o Presidente da República promova ações que ataquem estes pilares, replicando convocações de manifestações públicas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal”, aponta a nota. O grupo faz um apelo às instituições democráticas para que reajam e às organizações populares da sociedade civil para que se engajem na formação de uma ampla frente de luta conjunta para defender a democracia e a liberdade.
Na nota, as organizações também fazem um alerta ao risco que a democracia e a estabilidade social correm com ameaças vindas da maior autoridade do país.
Segue a nota pública na integra:

NOTA PÚBLICA PELO RESPEITO AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
A construção do Estado Democrático de Direito se faz com o fortalecimento da democracia e das instituições democráticas, com a garantia dos direitos humanos, com o enfrentamento das desigualdades e com a participação popular com liberdade de expressão e de organização. Todas as instituições e todos/as os/as cidadãos e cidadãs estão convocados/as a se comprometer e a se engajar na promoção e defesa desses valores, de modo permanente.
Inaceitável que o Presidente da República promova ações que ataquem estes pilares, replicando convocações de manifestações públicas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Uma atitude que ataca frontalmente os princípios constitucionais por afrontar o inciso II, artigo 85, da Constituição Federal, que diz: “São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação”.
Ataques à democracia e à estabilidade social vindas da maior autoridade do país não podem ser minimizadas como sendo de “cunho pessoal”. Urge que as instituições democráticas reajam com veemência a este tipo de atitude e promovam a responsabilização constitucional. Também confiamos que as organizações populares da sociedade civil se engajem na formação de uma ampla frente de luta conjunta para defender a democracia e a liberdade, o Estado Democrático de Direito e a garantia da realização de todos os direitos humanos para todos/as os/as brasileiros/as.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020
#PorDemocraciaeDireitos
Assinam:
Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil – AMDH
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH
Processo de Articulação e Diálogo – PAD
Fórum Ecumênico ACT Brasil – FE ACT Brasil
Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG
Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB
União Brasileira de Mulheres – UBM
Liga Brasileira de Lésbicas – LBL
Articulação Brasileira de Gays – ARTGAY
Associação Juízes para a Democracia
Plataforma DHESCA Brasil
Plataforma MROSC
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – FBOMS
Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional – FBSSAN
Rede de ONGs da Mata Atlântica
Rede de Cooperação Amazônica – RCA
Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil – CONCRAB
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas- CONAQ
Coalizão Negra por Direitos
Associação Nacional dos Centros de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes – ANCED
Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários – Unisol Brasil
Fórum Nacional dos Direitos de Crianças e Adolescentes – Fórum DCA
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC
Associação Brasileira de Saúde Mental – ABRASME
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Movimento de Atingidos por Barragens – MAB
Movimento de Mulheres Camponesas – MMC
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Cáritas Brasileira
Fundação Luterana de Diaconia – FLD
Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – FASE
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE
Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia
Conectas Direitos Humanos
FIAN Brasil
Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço
Coordenadoria Ecumênica de Serviços – CESE
Criola
Geledés
Educafro
UNEAfro
Rede de Religiões Afro-brasilieras e Saúde – RENAFRO
Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos – IDDH
Instituto Vladimir Herzog
Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares – GAJOP
Centro de Assessoria Multiprofissional – CAMP
Ação Educativa, Assessoria, Pesquisa e Informação
Artigo 19
Articulação Comboniana de Direitos Humanos
Ação da Cidadania do Maranhão
Ação da Cidadania São Paulo
Articulação do Semiárido do Maranhão – ASA/MA
Associação Circo Belô/ Belo Horizonte/MG
Associação Comunitária de Desenvolvimento Econômico, Agrícola, Sócio-Cultural e Educativo – ACADE/PI
Associação das Costureiras do Dirceu II – PI
Associação de Apoio a Criança e ao Adolescente – AMENCAR
Associação de Apoio Social e Ambiental da Bahia – APMS
Associação de Ex Conselheiras e Conselheiros do RJ
Associação de saúde da Periferia – ASP
Associação de Servidores da Educação Básica do Estado do Piauí
Associação de Terapia Ocupacional de São Paulo – ATEOESP
Associação dos Produtores de Artesanato de Teresina – ASPROARTE
Associação Internacional Mayle Sara Kali – AMSK/Brasil
Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes – APACC
Associação Paulista de Saúde Pública
Casa da Mulher Trabalhadora – CAMTRA
Casa de Cultura CCIAO – João Pessoa/PB
CDES Direitos Humanos
Centro Burnier Fé e Justiça – MT
Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária – CEAPAC
Centro de Apoio aos Direitos Humanos Valdício Barbosa dos Santos
Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia – CAPA/FLD
Centro de Cultura Negra do Maranhão – CCNM
Centro de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã i – MS
Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza – CE
Centro de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes – CEDECA Renascer
Centro de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes da Bahia – CEDECA/BA
Centro de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes do Rio de Janeiro – CEDECA/RJ
Centro de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes Ermínia Circosta – Itaim Paulista/SP
Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do ACRE – CDDHEP
Centro de Defesa dos Direitos Humanos Helda Regina
Centro de Defesa dos Direitos Humanos Heróis do Jenipapo
Centro de Defesa dos Direitos Humanos Teresinha Silva
Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá
Centro de Direitos Humanos “Valdício Barbosa dos Santos”
Centro de Direitos Humanos de Barreirinhas – MA
Centro de Direitos Humanos de Joinville – SC
Centro de Direitos Humanos de Londrina – PR
Centro de Direitos Humanos de Palmas – CDHP
Centro de Direitos Humanos Dom Máximo Biennes – CDHDMB/MT
Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo – CDHEP
Centro de Direitos Humanos e Memória Popular – CDHPM/RN
Centro de Direitos Humanos Nenzinha Machado
Centro de Educação e Cultura Popular – CECUP
Centro de Estudos de Saúde Coletiva do ABC – CESCO
Centro de Estudos e Ação Social – CEAS
Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará – CEDEMPA
Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH/Caxias do Sul
Centro de Integração Sócio cultural Aprendiz do Futuro – CISAF
Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo
Centro de Referência Integral do Adolescente da Bahia – CRIA
Centro de Solidariedade da Criança e do Adolescente – CSCA /Ananindeua/PA
Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHEC/PE
Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro Brasileiro – CENARAB
Círculo Operário Leopoldense – COL
Coletivo de Artesãs do Piauí – CAPI
Coletivo Desencuca – GO
Coletivo Feminino Plural
Coletivo Feminista GSEX
Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo – CDHPF
Comissão de Mobilização Docente – CMD/UFG/GO
Comissão Pró-Índio de São Paulo
Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos no Piauí
Comitê Estadual de Enfrentamento a Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Amazonas
Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes
Comitês Islâmicos de Solidariedade – CIS
Congresso Nacional Afro-Brasiliero – CNAB
Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN/FLD
Conselho Regional de Psicologia do Pará e do Amapá – CRP10
Fórum das Mulheres da Amazônia Paraense – FMAP
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Bahia – Fórum DCA/BA
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Paraíba – Fórum DCA/PB
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima – Fórum DCA/RR
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo – Fórum DCA/SP
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Amazonas – Fórum DCA/AM
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Maranhão – Fórum DCA/MA
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Pará – Fórum DCA/PA
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Pernambuco – Fórum DCA/PE
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Piauí – Fórum DCA/PI
Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Tocantins – Fórum DCA/TO
Fórum de Direitos Humanos do Piauí
Fórum de Direitos Humanos e da Terra – MT
Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Minas Gerais – FEVCAMG
Fórum de Gênero e Masculinidades do Grande ABC
Fórum de Mulheres do Mercosul Seção Lages – SC
Fórum Permanente de Cultura – GO
Frente de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente de Minas Gerais Manuel Munoz
Frente Estadual da Luta Antimanicomial – FEASP
Frente Inter-Religiosa do ABC
Fundação Grupo Esquel Brasil
Fundação Instituto Nereu Ramos – Lages/SC
Fundação Movimento Ecológico do Piauí – FUMEPI
Grupo Ambientalista da Bahia – Gambá
Grupo Gayvota
Grupo Guará: Grupo Unificado de Apoio a Diversidade Sexual de Parnaíba – PI
Grupo LGBT GEE – GO
Grupo pela Livre Expressão Sexual
Ilê Omolu Oxum
Instituto Abaré – Fomento a Autogestão Popular de Santo André
Instituto Braços – SE
Instituto Brasil Central – IBRACE
Instituto Dakini
Instituto de Acesso à Justiça – IAJ
Instituto de Apoio ao Desenvolvimento Ambiental – IDEAH
Instituto de Direitos Humanos Econômicos, sociais, culturais e ambientais – IDHESCA
Instituto de Pesquisas e Formação Indígena – Iepé
Instituto IDHES
Instituto Mira-Serra
Instituto Samara Sena – ISENA
Instituto Sócio Ambiental da Bahia – IDESAB
Instituto Soma Brasil – PB
Instituto Travessias
Instituto Universidade Popular – UNIPOP
IROHIN – Centro de Documentação, Comunicação e Memória Afro Brasileira
Meu voto será Feminista
Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Núcleos Habitacionais – MDDF/Santo André-SP
Movimento Nacional da População de Rua – MA
Movimento Nacional de Direitos Humanos – Articulação Piauí
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH/SC
ONG Sã Consciência
Organização de Direitos Humanos Projeto Legal – RJ
Plataforma Mrosc – Bahia
Proame Cedeca Bertholdo Weber
Programa Socieducativo para homens autores de violência doméstica “e agora José”
Projeto Meninos e Meninas de Rua – SP
Rede de Mulheres Negras da Amazônia
Rede de Mulheres Negras de Alagoas
Rede Feminista de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos
Rede Jirau de Agroecologia
Serviço de Assessoria as Organizações Populares Rurais – SASOP
Serviço de Paz – SERPAZ
Sindicato dos Psicólogos de São Paulo
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SDDH
Themis – Gênero Justiça e Direitos Humanos
Torcida Esquadrão Andreense – Santo André-SP
União de Mulheres de São Paulo
União de Negras e Negros pela Igualdade – UNEGRO/MA
União por Moradia Popular – MA
Unidade e Cooperação para o Desenvolvimento dos Povos – UCODEP

Exemplo que no futebol pode ter consciência política, Torcida do Colo-Colo repudia possível chegada de Felipão, que já elogiou Pinochet

(Arte: Antifascistas de la Garra Blanca)

A torcida do Colo-Colo, um dos mais tradicionais clubes de futebol do Chile, iniciou uma forte campanha de repúdio à possível contratação do técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari, o Felipão. Sem clube desde que deixou o Palmeiras em setembro de 2019, ele tem sido cotado para assumir o clube chileno.
A torcida organizada “Antifascistas de la Garra Blanca” usou as redes sociais para emitir uma nota de repúdio. Os torcedores lembraram que, em 1998, Felipão disse que o sanguinário ditador Augusto Pinochet “fez muita coisa boa também”, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Segundo o comunicado da torcida, contratar Felipão seria “declarar guerra”.
"É repugnante saber que Luiz Felipe Scolari é pretendido pelos nefastos do Colo Colo como treinador do nosso precioso clube. É um sujeito nefasto que não teve vergonha de elogiar o genocida Pinochet e de indicar que às vezes são necessárias violações dos Direitos humanos para manter a ordem", diz trecho da nota. "O nosso coletivo 'Antifascistas de la Garra Blanca' declara guerra à chegada de Scolari e qualquer um que abrace práticas e idéias fascistas", segue o texto.
Em tempo: em 1998, disse Felipão à Jovem Pan:
"Pinochet fez muita coisa boa também. Ajeitou muitas coisas lá (no Chile). O pessoal estava meio desajeitado. Ele pode ter feito uma ou outra retaliaçãozinha aqui e ali, mas fez muito mais do que não fez.”

Presidente da China destaca solidariedade de Cuba contra o Coronavírus

Xi Jinping - Presidente da China
O Presidente da China, Xi Jinping, manifestou profundo agradecimento pelo gesto de solidariedade de Cuba, diante do Coronavírus.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Todos os cuidados que você deve tomar em relação ao coronavírus

(Foto: Reprodução)
Sputinik – Desde dezembro de 2019, a COVID-19, originada pelo novo coronavírus, espalhou-se rapidamente e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 80 mil casos foram confirmados e aproximadamente 2,7 mil pessoas morreram. Nesta quarta-feira (26), o Brasil confirmou o primeiro resultado positivo para o coronavírus.

A Sputnik explica quais as futuras perspectivas e o caminho a seguir para conter a epidemia que já atingiu mais de 40 países pelo mundo.

O coronavírus é um vírus mutante como todo vírus, portanto não é novo. Nova é sua atual cepa, conforme o diretor e infectologista do Centro de Pesquisa Estatal de Virologia e Biotecnologia de Moscou, Georgy Vikulov.

Vikulov também ressaltou à Sputnik Brasil que dentre os cerca de 2% dos infectados que morreram havia pessoas entre 50 e 80 anos de idade que apresentavam algum tipo de doença prévia.

A nova estirpe de coronavírus foi detectada na cidade de Wuhan, capital da província central chinesa de Hubei. A doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa e é contagiosa sem sintomas durante a fase de incubação, que dura até 14 dias. No dia 30 de janeiro, a OMS declarou emergência internacional frente à propagação do novo coronavírus.

Avanço do coronavírus pelo mundo

Até agora, já foram confirmados mais de 80 mil casos em mais de 40 países e territórios. Por sua vez, a China concentra grande parte dos casos, chegando aos 96,8%, seguida pela Coreia do Sul, que já diagnosticou 763 casos confirmados, e pela Itália, que soma mais de 200 casos.

O coronavírus já chegou a cinco continentes e nesta quarta-feira (26) vários países, incluindo Brasil, Grécia, Geórgia, Macedônia do Norte, Noruega, Romênia e Paquistão, confirmaram os primeiros casos.

Na Ásia, os países que possuem os maiores números de casos confirmados (além da própria China) são Coreia do Sul, Japão e Singapura. Na Europa lideram a Itália, Alemanha, Reino Unido e França. Já no Oriente Médio, o Irã e os Emirados Árabes possuem o maior número. Na América do Norte a lista conta com os EUA e Canadá.

Na América do Sul, o Brasil registrou o primeiro resultado positivo confirmado para o coronavírus nesta quarta-feira. De acordo com o Ministério da Saúde, o paciente é um homem de 61 anos, residente de São Paulo, que viajou à Itália, região da Lombardia, no período de 9 a 21 de fevereiro.

Além do paciente infectado, o Brasil possui outras 20 suspeitas, enquanto que 59 casos foram descartados.

Pandemia, epidemia ou endemia?

Para a OMS, a situação ainda não deve ser tratada de uma pandemia, entretanto, está próxima de se tornar uma.

A pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença infecciosa como, por exemplo, o surto da gripe H1N1, de 2009, que foi classificado como pandemia, segundo a OMS.

"Utilizar a palavra pandemia de maneira descuidada não traz benefícios tangíveis, mas sim um risco significativo em termos de amplificação do medo e estigma desnecessários e injustificados, além de paralisar os sistemas. Além de indicar que não podemos mais conter o vírus, o que não é verdade", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A epidemia é caracterizada pelo aumento repentino da quantidade de casos de doença infecciosa em uma grande quantidade de pessoas em um grande território e um curto período de tempo.

Enquanto que a endemia é caracterizada por enfermidades que afetam um determinado país ou região em um período de tempo habitual, sendo comuns devido a fatores culturais, genéticos e tradicionais. Entretanto, a quantidade de pessoas contaminadas não aumenta drasticamente.

No momento, o coronavírus segue sendo uma epidemia, porém, a OMS o qualificou como potencialmente pandêmico.

O infectologista Georgy Vikulov acredita que "a mortalidade do cornoavírus será controlada e deve manter um percentual, entretanto, por ser um vírus altamente contagioso, o número de contaminados pode facilmente ser elevado".

Comparação entre COVID-19, Sars, Ebola, Mers e H1N1

Por ser uma mutação nova, ainda se sabe pouco sobre o COVID-19, mas por enquanto em termos de porcentagem é mais letal do que o H1N1 (gripe suína), que causou uma epidemia em 2009, mas menos letal que o Sars e Mers.

Comparando a taxa de mortalidade do COVID-19, que hoje é de 2,3%, com alguns outros vírus e infecções, os estudos globais indicam que o coronavírus é menos grave, mas ainda pode causar mais mortes em números absolutos se se espalhar.

A taxa de mortalidade durante a pandemia de gripe suína em 2009-2010 era cerca de 0,02% (ou 0,08% se tomarmos em conta a estimativa mais alta de vítimas), o que é uma porcentagem relativamente baixa, mas em números absolutos o total de mortalidade é estimado entre 151.700 e 575.400 pessoas, tendo em conta que uma em cada cinco pessoas era infetada durante a pandemia, o que prova alta contagiosidade do vírus. A mortalidade de COVID-19 é mais alta, mas tal capacidade de expansão é duvidosa.

Enquanto isso, a raiva e Ebola alcançaram uma taxa de mortalidade de aproximadamente 95% e 50% respectivamente, ou seja, são doenças definitivamente mais graves que o COVID-19 em termos de mortalidade.

No caso da Sars, o risco de morte era muito maior quando o surto ocorreu em 2003, alcançando uma taxa de mortalidade de aproximadamente 10%, quando 774 pessoas morreram.

Já a taxa de mortalidade da Mers, que eclodiu em 2012, estava em torno de 20% a 40%, variando de acordo com a região.

Em números absolutos de mortes o recorde é atribuído à gripe espanhola, que matou mais de 50 milhões de pessoas entre 1918 e 1919. Porém, tal número grande pode ser atribuído aos fatores negativos causados pela Primeira Guerra Mundial: grande concentração de pessoas, deterioração da medicina e má nutrição.

América Latina está pronta para combater o coronavírus?

Hoje, há 25 casos de coronavírus confirmados na América do Norte e um no Brasil, e a América Latina começa a se adaptar para evitar o contágio do COVID-19.

A Argentina, a Colômbia e o Paraguai reforçaram o controle na chegada de passageiros proveniente da Itália e Coreia do Sul, fazendo com que os documentos desses passageiros passem por um controle minucioso em tempo real no Ministério da Saúde.

A Guatemala acredita que a chegada do coronavírus seja inevitável, mas também elevaram os controles em seus aeroportos.

O Chile criou um alerta sanitário para que a população compre máscaras e álcool em gel.

Já o Brasil decidiu ativar estado de alerta máximo devido ao primeiro caso diagnosticado na América do Sul. Além disso, o país pretende tomar medidas preventivas e prevenir os grupos de risco.

"Combater o COVID-19, enquanto uma vacina está sendo criada, pode ser uma tarefa difícil devido ao grau de contagiosidade, poder evolutivo e principalmente pelo fato de que em determinados casos ele não apresenta sintomas", afirma Vikulov.

COVID-19 é motivo de pânico?

Hans Kluge, diretor regional da OMS na Europa, afirmou em uma coletiva de imprensa, conforme cita o portal G1 que "não há necessidade de pânico", pois a taxa de mortalidade é de aproximadamente 2%.

Para Vikulov, a OMS "é suficientemente capaz de lidar com situações sérias e ajudar os países que sofrem com o surto do coronavírus através de soluções eficientes, sistemas efetivos e do trabalho para encontrar uma vacina para conter o vírus".

Para combater o COVID-19, um grupo de pesquisadores da Universidade de Tianjin, na China, diz ter desenvolvido uma vacina oral contra o coronavírus.

De acordo com o professor e coordenador da pesquisa, Huang Jinhai, a vacina tem um nível muito alto de segurança, é fácil de usar e pode ser rapidamente produzida em grande escala.

O professor e especialista em biossegurança da Academia de Ciência Médicas da Rússia, doutor Nikolai Durmanov, disse à Sputnik Brasil que "todos os especialistas que estão trabalhando no desenvolvimento da vacina são altamente capacitados e possuem experiência adquirida durante outras epidemias, entretanto, uma vacina leva é tempo para ficar pronta, já que será preciso realizar testes em animais e em pessoas, bem como obter a permissão dos órgãos responsáveis antes de concluir o trabalho, que não levaria menos de seis meses".

Enquanto uma vacina está sendo desenvolvida, algumas medidas podem ser tomadas para evitar o contágio, sendo uma delas muito simples, que é lavar as mãos com sabão, esfregando por no mínimo 2 segundos, após usar o banheiro, sempre que chegar a casa ou antes de manipular alimentos.

Manter os ambientes limpos também é algo importante, além de não tocar a boca, o nariz ou os olhos antes de lavar as mãos, principalmente se estiver em locais públicos.

Essas são algumas das medidas básicas e eficientes que podem ajudar a evitar o contágio do COVID-19, enquanto especialistas desenvolvem uma vacina para combatê-lo.