sábado, 29 de fevereiro de 2020

Deputado bolsonarista e criminoso rompe acesso à terra indígena

Deputado estadual Jeferson Alves corta bloqueio feito com uma corrente. Foto: Reprodução.
O deputado estadual Jeferson Alves (PTB-RR), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), derrubou na manhã desta sexta-feira (28), um bloqueio que controla o acesso à BR-174, que liga Manaus (AM) a Boa Vista (RR) e que corta a terra indígena Waimiri Atroari, onde vivem os índios kinja.

O deputado contou com o auxílio de uma motosserra e um alicate para cortar uma corrente usada para controlar o acesso na rodovia. A ação foi filmada pelo próprio parlamentar e por apoiadores. Na gravação, Jeferson evoca ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) quando se posiciona na mesma linha do presidente em ir contrário a atuação das ONGs, em especial as que cuidam dos povos indígenas. "Se depender de mim, essa corrente nunca mais vai deixar o meu Estado isolado. Presidente Bolsonaro, é por Roraima, é pelo Brasil e não a favor dessas ONGs [Organização sem fins lucrativos] que maltratam o meu estado", exaltou.

Nas redes sociais, o deputado disse que interrompeu um ciclo que dura mais de 40 anos. De acordo com a assessoria dele, a retirada da corrente foi uma promessa de campanha e é um anseio antigo da população roraimense. "A retirada da corrente que impede o trânsito na BR-174 é um anseio antigo da população roraimense e uma promessa de campanha do deputado Jeferson Alves (PTB-RR)", afirmou em nota. A assessoria também disse que o deputado está com a "consciência tranquila", já que entende que não cometeu crime algum.

De acordo com o Instituto Socioambiental, houve interferência nas terras dos índios kinja em decorrência da instalação de uma empresa mineradora na região e do alagamento de parte de seu território pela construção de uma hidrelétrica.
Ataque a ONGs e Indígenas

Uma das pautas tratadas com maior ênfase por Bolsonaro é a demarcação e exploração de terras indígenas. No início deste mês, o chefe do executivo voltou a defender a regulamentação da exploração das terras indígenas. "A gente está com um projeto aí pra a terra indígena, que se o índio quiser, ele vai fazer a mesma coisa que o fazendeiro do lado faz", afirmou o presidente em conversa com apoiadores.

Em outra ocasião, Bolsonaro também já comentou que as questões indigenistas atrasam o país e que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) presta um desserviço para o Brasil. "[Roraima] É um dos estados mais ricos do Brasil, nas questões de reserva. Nós estamos com dificuldades de levar a União para lá por questões indigenistas. O Cimi sempre prestou um desserviço para o Brasil", disse no final de janeiro deste ano.


Outro fato "curioso" é que o Deputado CRIMINOSO teve seus bens acrescidos de forma exagerada em apenas dois anos, como mostra a matéria a seguir.

Bens do deputado da motosserra saltaram de R$ 300 mil, em 2016, para R$ 1,67 milhão, em 2018

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