quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Mais uma vez os golpistas mostram que LULA é um PRESO POLÍTICO


Mais uma vez, os golpistas que assaltaram o poder em 2016, que elegeram Bolsonaro e que estão levando o Brasil para o fundo do poço e mergulhado em um mar de lamas, demonstraram que LULA é realmente um preso político.

Mais uma vez, passaram por cima da lei para negar o direito de LULA acompanhar o enterro de seu irmão, falecido por causa de um câncer.

Após darem o golpe de 2016, os seguimentos conservadores e de direita, aliados nesse processo de acabar com direitos sociais e trabalhistas, entregar as riquezas nacionais aos estrangeiros, aprofundar e aumentar a população de excluídos e destruir a já frágil democracia, viram que o golpe não poderia deixar nenhuma "ponta solta", por isso maquinaram toda a perseguição a LULA por ser ele a maior liderança popular do país, com condições de colocar em xeque todo o cronograma de destruição do país.

Se faz necessário relembrar os passos que foram dados e, que resultaram na "condenação" e na prisão política de LULA:

1º - Após vários anos de investigação da vida de LULA e de seus familiares, sem encontrar nada que o condene, montaram um processo fajuto e sem provas, sem considerar qualquer elemento legal e constitucional, más apenas baseado em "relatos" de pessoas que foram beneficiadas após usarem o nome de LULA em suas delações negociadas;

2º - Tão logo o juizeco Moro aplicou a condenação, correram as pressas para que o TRF 4, fizesse o processo contra LULA passar na frente de inúmeros outros e aplicaram a confirmação da condenação (em tempo recorde) para que coincidisse com os prazos eleitorais, aumentando a pena (para evitar recursos específicos), tudo no intuito de impedir a candidatura de LULA, no ano passado;

3º - Negaram o habeas corpus a LULA, passando por cima da própria Constituição, modificando o determinado em relação a presos em segunda instância;

4º - Já na prisão, negaram por duas vezes a liberdade de LULA as quais foram feitas na forma da lei;

5º - Impediram a candidatura de LULA a Presidente, mais uma vez passando por cima (agora da lei eleitoral), quando LULA se encontrava já há vários meses em primeiro lugar nas pesquisas;

6º - Impediram LULA de dar entrevistas;

7º - Impediram LULA até mesmo de ir votar;

8º - Desconsideraram até mesmo recomendações e decisões de órgãos internacionais que se pronunciaram em defesa dos direitos de LULA.

E agora, o impedem de ver pela última vez o corpo de seu irmão e de poder fazer a última despedida junto aos familiares.

Em suma, para os golpistas, LULA não pode ser visto pelo público, não pode ser ouvido pelas pessoas, não pode ter seus direitos respeitados, por uma única razão: LULA LIVRE, DESTRUIRIA O GOLPE E COLOCARIA EM CHEQUE TODA A MÁFIA E A FARSA MONTADA.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Certeza da impunidade ou da proteção? “Não vai acontecer nada”, disse um dos milicianos ao ser preso



De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, durante a operação “Os intocáveis”, deflagrada nesta terça-feira (22), o subtenente da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição, 56 anos, deitado numa cama, disse a um membro do MP estadual, ao ser preso:
— Rapaz, deixa disso, não vai acontecer nada. Vai ser como em 2008: meu advogado vai resolver tudo. Vocês não sabem de nada.

Condenado, na época, a sete anos de cadeia, Maurição terminou de fato sendo absolvido pela 6ª Câmara Criminal do Rio.

De acordo com as investigações, ele é considerado o responsável pela circulação de vans em Rio das Pedras.

A operação “Os intocáveis” prendeu vários milicianos, alguns deles ligados a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

A impunidade é o maior incentivo a criminalidade, em qualquer instância. Na foto, uma montagem do jornal O Dia, do Rio, aparecem “Capitão Alexandre”, “Maurição” e major da PM Ronald Paulo Alves Pereira: trio é apontado como líderes da milícia de Rio das Pedras.

E a MAMATA NÃO PÁRA: Cunhado de Carlos Bolsonaro é nomeado diretor na companhia de seguros do Banco do Brasil



Pedro Bramont, irmão de Paula Bramont – que namora há oito anos Carlos Bolsonaro (PSC/RJ) -, foi nomeado para o cargo de diretor de governança, riscos e controles da BB Seguridade 3 dias após a posse de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República. A informação é do jornal Extra.

No dia 3 de janeiro, o conselho de administração da companhia de seguros do Banco do Brasil aprovou a nomeação de Bramont após a renúncia de Antonio Rugero Guibo. O irmão de Paula passou, então, a complementar o mandato 2016-2019.

Aos 36 anos, Pedro Bramont ocupa, desde 2014, o cargo de Superintendente Executivo de Finanças e Desenvolvimento Corporativo na BB Seguridade. Antes de entrar na empresa de seguros, atuou como Gerente de Planejamento e Formulação Estratégica do Banco do Brasil.

Por Redação da Forum

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Bomba: Operação prende suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco

De boné e camisa branca, major Ronald Paulo Alves Pereira foi detido no começo da manhã Gabriel de Paiva

Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda


RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil,desencadeou na manhã desta terça-feira a Operação Os Intocáveis, em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, e outras localidades da cidade, que prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Os presos são integrantes da milícia mais antiga e perigosa do estado.

Para a ação, que mobiliza cerca de 140 policiais, a Justiça expediu 13 mandados de prisão preventiva contra a organização criminosa. Os principais alvos da operação são o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras; e o subtenente reformado da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição.

Embora o objetivo da ação do MP-RJ seja atacar a milícia que explora o ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras com ações violentas e assassinatos, há indícios de que dois dos alvos de prisão comandem o Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda. Os principais clientes do grupo de matadores profissionais são contraventores e políticos.

O major Ronald Paulo Alves Pereira chega preso a Cidade da Polícia. Ele é réu no processo de homicídio de quatro jovens na antiga boate Via Show, em 6 de dezembro de 2003 Márcia Foletto / Márcia Foletto

Major PM é preso

O major Ronald Paulo Alves Pereira, de 43 anos, é investigado por integrar a cúpula do Escritório do Crime. Foi denunciado por comandar os negócios ilegais como grilagem de terra e agiotagem. É réu no processo de homicídio de jovens na antiga boate Via Show, em 6 de dezembro 2003, e vai a júri em abril deste ano. O oficial foi preso no condomínio fechado Essence, perto do Parque Olímpico, na Zona Oeste. Segundo moradores, os apartamentos mais caros valem mais de R$ 1 milhão.

Maurição, de 56 anos, é uma espécie de capataz dentro de Rio das Pedras. Dá também ordens sobre as cobranças dos imóveis da facção e controla as vans.

Também foi preso Manuel de Brito Batista, o Cabelo - que atua na quadrilha como contador e gerente armado. O cumprimento do mandado de busca e apreensão durou mais de cinco horas. Ele se negou a responder a perguntas feitas pelos promotores e por agentes da Core e da Draco. Em sua casa foram encontradas chaves de três carros, entre eles dois Corollas. Vasculhando o condomínio, os agentes conseguiram abrir a porta de um Corolla que estava estacionado próximo ao portão de acesso. Dentro dele foi achada uma pistola prateada de calibre 380 com a numeração raspada. Foram encontrados na casa de Cabelo documentos de imóveis e mais de R$ 3 mil em espécie.

Os agentes encontraram Cabelo dormindo em seu quarto, em uma casa no condomínio de luxo Floresta Country Club, na Estrada do Bouganville 442, bloco C1. Ele deu diversas informações contraditórias aos agentes. Indagado se tinha carro, ele negou. Os promotores precisaram chamar chaveiro para abrir um cofre encontrado na sala da residência. Cabelo disse que não se lembrava da senha do cofre, que somente foi aberto após a chegada do chaveiro. Mas não havia nada em seu interior. A descoberta da pistola também foi um dos motivos da demora no cumprimento do mandado de prisão e de busca e apreensão.

Os outros presos na operação são Benedito Aurélio Ferreira Carvalho e Laerte Silva de Lima. Benedito é apontado como "laranja" da organização criminosa. Ele empresta o nome para a abertura de uma empresa de construção civil na Junta Comercial do Rio. Já Laerte é o braço armado da quadrilha. É um dos responsáveis pelo recolhimento e repasse das taxas cobradas aos moradores e comerciantes, além da parte de agiotagem.

CONHEÇA OS ALVOS

A organização criminosa atuava em várias áreas, como venda, locação ilegal de imóveis e grilagem de terras, por exemplo. Usavam a prática de assassinatos para intimidar e se manterem no poder






Seis meses de investigação

A operação é resultado de seis meses de investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal. A denúncia, com os pedidos de prisão, busca e apreensão, foi distribuída para o 4º Tribunal do Júri da Capital.

                         

A comunidade de Rio das Pedras hoje: o desmatamento em ritimo acelerado é impulsionado pela grilagem, uma das maiores fontes de lucro da milícia.

 Gabriel Monteiro / Agência O Globo
                            
Rio das Pedras é a segunda maior favela do estado, com cerca de 80 mil habitantes

 Gabriel Monteiro / Agência O Globo
                          

De acordo com delegado, quitinetes de prédios ilegais são vendidos "no osso" por R$ 45 mil

 Gabriel Monteiro / Agência O Globo
                              

                   Construção irregular flagrada durante uma operação policial na favela

 Divulgação / DPMA

A mais antiga milícia carioca segue cobrando taxas de segurança, vendendo sinais piratas de TV a cabo e desmatando áreas para construir e comercializar imóveis irregulares, entre outros crimes 

Gabriel Monteiro / Agência O Globo
                     
Em foto de 1991, operários constroem casas em área invadida de Rio das Pedras 

Carlos Carvalho em 12/04/1991 / Agência O Globo
                    
                     Barracos em área de Rio das Pedras em abril de 1991 

Carlos Carvalho em 13/04/1991 / Agência O Globo


A denúncia do MP aponta a milícia de Rio das Pedras como a responsável pela extorsão de moradores e comerciantes da região com cobranças ilegais de taxas referentes a "serviços" prestados. O grupo também oculta bens adquiridos com proventos das atividades ilícitas e falsifica documentos públicos. Para conseguir a regularização dos imóveis ilegais, o grupo montou uma estrutura hierarquizada. Cada integrante da quadrilha tem uma função. Há, por exemplo, contador e até despachantes para o pagamento de propina para agentes públicos. Até então, todas as operações policiais contra a milícia de Rio das Pedras haviam excluído os chefes da organização.

Os suspeitos foram denunciados ainda por praticar agiotagem e utilizar ligações clandestinas de água e energia, além de manter a exploração das atividades típicas das milícias para o domínio territorial: cobrança por serviços de TV a cabo ("gatonet"), gás, taxas de proteção de comerciantes e moradores e transporte alternativo. O Ministério Público do Rio constatou que nenhuma ação é feita sem o comando ou autorização dos denunciados.

Reportagem de O Globo
Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo
22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 11:58

Link da matéria completa:

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Após primeira denúncia, Queiroz se escondeu em favela do Rio dominada pela milícia



A coluna de Lauro Jardim, de O Globo, informou nesta segunda-feira (21) que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, se escondeu em uma casa na favela de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. Trata-se da segunda maior favela da cidade e totalmente dominada pela milícia mais antiga da cidade.

De acordo com a coluna, em 7 de dezembro de 2018, um dia depois de Fabio Serapião, repórter de O Estado de S.Paulo, ter divulgado que Queiroz havia movimentado, de forma “atípica”, R$ 1,2 milhão (na realidade, depois veiculou-se que eram R$ 7 milhões) entre 2016 e 2017, o ex-assessor do filho do presidente desapareceu.

Somente no dia 20 de dezembro, Queiroz foi para São Paulo, com o objetivo de se internar no Hospital Albert Einstein, para tratar de câncer.

Foi justamente nessas duas semanas que separaram ambos eventos que Queiroz se abrigou em território dominado pela milícia no Rio.

Operações do Ministério Público mostram as ligações perigosas da família Bolsonaro




A verdade iniciou sua marcha, e nada poderá detê-la”.
(Emile Zola, analisando os movimentos da opinião pública no caso Dreyffus).

Há uma certeza e uma incógnita no quadro político atual.

A certeza, é que o governo Bolsonaro acabou. Dificilmente escapará de um processo de impeachment. A incógnita é o que virá, após ele.

Nossa hipótese parte das seguintes peças.

Peça 1 – a dinâmica dos escândalos políticos

Flávio Bolsonaro entrou definitivamente na alça de mira da cobertura midiática relevante com as trapalhadas que cercaram o caso do motorista Queiroz. Não bastou a falta de explicações. Teve que agravar o quadro fugindo dos depoimentos ao Ministério Público Estadual do Rio, internando Queiroz no mais caro hospital do país, e, finalmente, recorrendo ao STF (Supremo Tribunal Federal) para trancar a Operação Furna da Onça, que investiga a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Nas próximas semanas haverá uma caçada implacável aos negócios dos Bolsonaro. A revelação, pelo Jornal Nacional, de uma operação de R$ 1 milhão – ainda sem se saber quem é o beneficiário – muda drasticamente a escala das suspeitas.

No dia 07/01/2018, a Folha lançou as primeiras suspeitas sobre Flávio. Identificou 19 operações imobiliárias dele na zona sul do Rio de Janeiro e na Barra da Tijuca.

Em novembro de 2010, uma certa MCA Participações, que tem entre os sócios uma firma do Panamá, adquiriu 7 de 12 salas em um prédio comercial, que Flávio havia adquirido apenas 45 dias antes. Conseguiu um lucro de R$ 300 mil.

Em 2012, no mesmo dia Flávio comprou dois apartamentos. Menos de um ano depois, revendeu lucrando R$ 813 mil apenas com a valorização.

Em 2014 declarou à Justiça Eleitoral um apartamento de R$ 566 mil. Em 2016 o preço foi reavaliado para R$ 846 mil. No fim do ano, a compra foi registrado por R$ 1,7 milhão. Um ano depois, revendeu por R$ 2,4 milhões.

Ou seja, não se trata apenas de pedágio pago pelos assessores políticos, dentro da lógica do baixo clero. As investigações irão dar inexoravelmente nas ligações dos Bolsonaro, particularmente Flávio, com negócios obscuros por trás dos quais há grande probabilidade de estarem as milícias do Rio de Janeiro.

Peça 2 – a Operação Quarto Elemento

A Operação que chegará ao centro da questão não é a Furna da Onça, mas a Operação Quarto Elemento.

Deflagrada no dia 25 de abril de 2018 pelo Ministério Público Estadual, destinou-se a desbaratar a maior milícia do estado, que atuava na Zona Oeste do Rio.

Foram presas 43 pessoas. O maior negócio da quadrilha era a extorsão. A ala Administração atuava na 34ª DP (Bangu), 36ª DP (Bangu) e na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Identificavam pessoas que seriam alvos de operações e iam na frente, para extorqui-las.

Foram detidos 23 policiais civis, cinco policiais militares, dois bombeiros e um agente penitenciário.

O líder da organização é Wellington da Silva Braga, o Ecko, que assumiu o comando depois da morte de seu irmão Carlinhos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes. Outros irmãos participavam da quadrilha, incluindo Luiz Antônio Braga, Zinho, dono de uma empresa, a Macla Extração e Comércio de Saibro.

O mapa abaixo é incipiente. Foi montado exclusivamente com informações divulgadas pela imprensa do Rio, especialmente jornais O Dia, Extra e G1 e mostra a abrangência de atuação da milícia.


Carlinhos Três Pontes era o cappo da milícia. Morto, foi substituído pelo irmão Wellington da Silva Braga, secundado pelos também irmãos Wallace e Luiz Antônio, conhecido como Zinho.

Vamos ao jogo de relacionamentos:
Zinho é o principal suspeito de ter contratado o assassino da vereadora Marielle Franco. Na campanha, o ato de maior impacto foi o do futuro governador do Rio, Wilson Witzel, comemorando dois brutamontes arrebentando a placa com o nome de Marielle.

                  

Na operação foram presos os irmãos gêmeos, PMs Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, que atuavam como seguranças de Flávio Bolsonaro na campanha de 2018. Flávio defendeu-se tratando-os apenas como voluntários sem maiores ligações. Fotos no Twitter desmentiam, mostrando intimidade ampla dos Bolsonaro – pai e filho – com os irmãos.

Três PMs membros da organização, e detidos pela operação – Leonardo Ferreira de Andrade, Carlos Menezes de Lima, Bruno Duarte Pinho – , foram alvos de moções de louvor e congratulações de Flávio, quando deputado estadual. Dizia a moção:

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, ao longo de mais de dois séculos de imaculada existência, sempre cumpriu seu sagrado dever constitucional de proteção de nossa sociedade. (…) Dentre tais sucessos, merece especial citação e motiva a presente moção o confronto armado em comunidade localizada em Santa Cruz que culminou na prisão de diversos criminosos – dentre eles o chefe de tráfico conhecido pelo vulgo de “Zé da Colina”, possuidor de extensa ficha criminal

Segundo a Operação Quarto Elemento, “o esquema teve início quando os policiais eram lotados na 36ª DP (Santa Cruz) e continuou após a transferência do grupo para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói, a partir de maio de 2017”

Peça 3 – o histórico dos Bolsonaro com as milícias


Quero dizer aos companheiros da Bahia — há pouco ouvi um Parlamentar criticar os grupos de extermínio — que enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio, porque no meu Estado só as pessoas inocentes são dizimadas.

No dia 17/12/2008, outro discurso defendendo os milicianos das críticas de Marcelo Freixo, do PSOL, marcado para morrer.

Nenhum Deputado Estadual faz campanha para buscar, realmente, diminuir o poder de fogo dos traficantes, diminuir a venda de drogas no nosso Estado. Não. Querem atacar o miliciano, que passou a ser o símbolo da maldade e pior do que os traficantes.

Eleito deputado estadual em 2007, com 43.099 votos, Flávio Bolsonaro passou a integrar a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio. Na época, foi visto com uma camiseta com os dizeres “Direitos Humanos, a excrescência da vagabundagem”.

Na época, frequentava uma comunidade do Orkut “Estuprador merece a morte”.

Em seus discursos, defendia o pagamento de taxa de proteção às milícias por parte dos moradores dos territórios ocupados.

“As classes mais altas pagam segurança particular, e o pobre, como faz para ter segurança? O Estado não tem capacidade para estar nas quase mil favelas do Rio. Dizem que as mílicias cobram tarifas, mas eu conheço comunidades em que os trabalhadores fazem questão de pagar R$ 15 para não ter traficantes”.

Flávio atuou fortemente contra a CPI das Milícias e anunciou sua intenção de apresentar um projeto regulamentando a profissão das “polícias mineiras”, termo da época para policiais que atuavam fora dos regulamentos.

Peça 4 – a serventia dos Bolsonaro

A Operação Quarto Elemento ocorreu em plena campanha eleitoral. Deu alguma repercussão, mas as informações foram abafadas para não influenciar as eleições e a candidatura de Fernando Haddad.

Àquela altura, mídia, mercado., Círculos Militares, o general Villas Boas, tentavam pegar carona na onda anti-PT. Quando Bolsonaro passou a cavalga-la, foi poupado em nome da causa maior: ele tinha serventia. Agora, não tem mais. Pelo contrário. A cada dia torna-se um peso excessivo para ser carregado por seu maior avalista, o estamento militar.

Não é Sérgio Moro quem está vazando informações. Aliás, Moro está mais agarrado ao cargo que caranguejo na pedra. Muito provavelmente é o próprio MPE do Rio, que há tempos entendeu a extensão do envolvimento dos Bolsonaro com as milícias.

Esse processo terá consequências sobre as instituições.

Mídia – com os fatos se sucedendo, rompeu definitiva e precocemente a blindagem sobre Bolsonaro.

Forças Armadas – dificilmente manterão o aval a um governo ligado às milícias, tendo se mostrado um carro desgovernado, incapaz de se articular minimamente.

Ministério Público – com o aval da mídia, e com o impacto das revelações sobre Flávio, continuará agindo e tirando da gaveta mais informações sobre a família.

Supremo Tribunal Federal – com a opinião militar mudando, recuperará a valentia e endossará as ações da PGR e do MPE. O Ministro Luiz Fux ficou literalmente com a broxa na mão.

Senado – o caos em que se transformou o PSL, facilitando a eleição de Renan Calheiros, deixará o Senado como poder autônomo em relação a Bolsonaro, especialmente agora, que se vislumbra o desmonte da blindagem institucional. (Do GGN)

By Carta Campinas / in Economia e PolíticaGeralManchete / on domingo, 20 jan 2019 11:14 AM

VEJAM O VÍDEO DA REPORTAGEM:


Pra entender a relação (no mínimo) suspeita entre eles...


Fux é o juiz.
O juiz é o pai da Marianna.
Marianna era sócia do escritório do Gustavo.
Gustavo é o presidente do PSL.
PSL é o partido do Bozo.
Bozo é o pai de Flávio.
Flávio é o patrão do Queiroz.
Queiroz é o investigado e Fux é o juiz.
O juiz é o pai da Marianna.
Marianna era sócia do escritório do Gustavo.
Gustavo é o presidente do PSL.
PSL é o partido do Bozo.
Bozo é o pai de Flávio.
Flávio é o patrão do Queiroz.
Queiroz é o investigado...

AGORA SIGA O RACIOCÍNIO LÓGICO A PARTIR DOS LINKS ABAIXO:

Marianna era sócia no escritório de Gustavo.
http://tinyurl.com/y9bkcp4g
Gustavo é presidente do PSL
http://tinyurl.com/ybfoayaq
PSL é partido do Bozo.
http://tinyurl.com/y7yhob6v
Bozo é pai de Flávio.
http://tinyurl.com/yayytftc
Flávio é patrão de Queiroz.
http://tinyurl.com/y8te8qhr

sábado, 19 de janeiro de 2019

FBI prende o maior divulgador de pedofilia do Brasil , 700 mil arquivos encontrados


Um militar da reserva listado pelo FBI como um dos maiores divulgadores de pornografia infantil do mundo está atrás das grades. Jorge A. B. Riguette, 67 anos, foi preso em outubro deste ano na cidade de Nova Friburgo (RJ), mas só agora a Justiça derrubou o sigilo do caso.

As informações foram divulgadas pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira (18).

Riguette morava sozinho e prestava serviços como analista de informática. Também foi candidato a vereador pelo Democratas (DEM), em 2008, no município de Trajano de Moraes (RJ). A Polícia Federal encontrou mais de 700 mil fotos e vídeos pornográficos nos computadores dele.

Os policiais apuram ainda a extensão dos crimes cometidos pelo acusado e aguardam os resultados da perícia. “Haviam fotos de bebês, crianças de várias idades. Precisamos saber, por exemplo, se ele mantinha conversas com menores, se gravava vídeos, ou mantinha contato com estupradores”, explica a delegada Paula Mary Reis de Albuquerque, responsável por interrogá-lo.

Ironicamente, em seus perfis nas redes sociais, Riguette dizia temer supostos avanços do ‘kit gay’ entre crianças e mostrava-se defensor da ditadura militar. Suas últimas postagens em modo público no Facebook antes de ser preso – no dia 10 de outubro – trazem notícias e montagens a favor de Jair Bolsonaro, então candidato à Presidência da República.

Em uma delas, pede aos amigos que compartilhem um vídeo contendo informações falsas sobre o ‘kit gay’. “Haddad implanta o kit gay nas escolas, e Bolsonaro luta contra isso. Ajudem a compartilhar muito esse vídeo”, escreveu.

Riguette era considerado pelo FBI um dos 100 maiores propagadores mundiais de pornografia infantil via p2p (sigla para peer to peer, quando o arquivo é compartilhado de um computador a outro). O caso chegou à Polícia Federal brasileira via contato dos investigadores americanos da operação Centurion Plus.

Ele pode ser condenado a até 6 anos de prisão pela lei brasileira, pelos crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que são oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar conteúdo de sexo explícito ou pornografia que envolva crianças ou adolescentes.

Além de integrar o ranking do FBI, Riguette chegou a desenvolver um software que catalogava esses arquivos conforme a idade das crianças vítimas. De acordo com os procuradores, o acusado revelou que criou o programa “em virtude de seu interesse, da frequência e da quantidade de arquivos pedopornográficos que baixava”.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Muito mais do que um laranja no esquema de corrupção dos Bolsonaro, Fabrício Queiroz tem ao menos dez mortes no seu currículo de PM

Foto: Reprodução
A ficha de ex-assessor de Flávio Bolsonaro impressionou procuradores do Ministério Público

Por Redação da Forum


De acordo com informações da coluna Radar, da Veja, os procuradores do MP do Rio ficaram impressionados com a ficha de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, durante sua passagem pela PM.

O suposto laranja da família Bolsonaro tem cerca de dez autos de resistência no currículo (quando um suspeito é morto pela polícia).

Exonerado do gabinete o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) no dia 15 de outubro, o policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz entrou na mira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após ser detectada uma movimentação atípica no valor de R$ 1,2 milhão em sua conta entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Registrado como assessor parlamentar, Queiroz é policial militar e, além de motorista, atuava como segurança do deputado, filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Mais uma revelação de corrupção: Flávio Bolsonaro recebeu R$ 96 mil em 48 depósitos suspeitos


Segundo o 'Jornal Nacional', movimentações financeiras ocorreram em cinco dias entre junho e julho de 2017, sempre em espécie, com o mesmo valor de R$ 2 mil

Por Redação da Veja
em 18 jan 2019, 23h51 - Publicado em 18 jan 2019, 21h37

Um novo relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), obtido e publicado pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, mostra que uma conta bancária do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, recebeu 48 depósitos de 2.000 reais em dinheiro vivo no intervalo de um mês, entre junho e julho de 2017, que totalizaram 96.000 reais. À época, ele exercia o mandato de deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo o telejornal, os depósitos foram feitos em cinco dias, no serviço de autoatendimento da agência bancária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

No dia 9 de junho de 2017, o relatório aponta dez depósitos de 2.000 reais, feitos em cinco minutos, entre as 11h02 e as 11h07. No dia 15 de junho, houve cinco depósitos em dois minutos, entre as 16h58 e as 17h. Em 27 de junho, dez depósitos em três minutos, entre 12h21 e a 12h24. No dia 28 de junho, foram feitos oito depósitos em quatro minutos, entre 10h52 e 10h56. Já em 13 de julho, o relatório aponta que houve quinze depósitos em seis minutos.

O Jornal Nacional informou que o Coaf não identificou quem fez os depósitos e que há suspeita de que o fracionamento do valor foi uma tentativa de ocultar a origem do dinheiro. Segundo o telejornal, o documento diz, com base em uma circular do Banco Central que trata de lavagem de dinheiro, que pode ter havido “a realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para a burla da identificação dos responsáveis ou dos beneficiários finais”.

Há a suspeita de que havia no gabinete do então deputado estadual a prática que consiste em funcionários “devolverem” parte do salário ao chefe. VEJA revelouque sete servidores que passaram pelo gabinete de Flavio na Alerj transferiram 116.556 reais para a conta de Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flavio, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017.

O telejornal afirma também que o novo relatório do Coaf foi pedido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro a partir das investigações deflagradas com base em um relatório anterior, que analisava transações financeiras de servidores da Alerj. O primeiro documento apontou 1,2 milhão de reais em transações atípicas de Queiroz, que passou a ser investigado.

A solicitação do MPRJ teria sido feita no dia 14 de dezembro e atendida pelo Coaf em 17 de dezembro, um dia antes da diplomação de Flavio como senador.

O inquérito do MP fluminense foi suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que atendeu a uma reclamação do próprio Flavio. O senador eleito alegou que cabe ao STF decidir onde ele deve ser investigado, uma vez que passou a ter foro privilegiado – o Supremo decidiu em 2018 que a prerrogativa só vale para supostos crimes cometidos durante e em razão do mandato. Até então, o filho de Bolsonaro vinha dizendo que apenas seu ex-assessor era alvo do MPRJ.

Flavio Bolsonaro também alega que a promotoria do Rio de Janeiro pediu acesso a dados sigilosos dele depois de ter sido diplomado e, por isso, usurpou a competência do STF. O senador eleito solicita ao Supremo a anulação das provas.

A decisão definitiva sobre a apuração será tomada pelo ministro Marco Aurélio Mello, sorteado relator da reclamação de Flavio no STF, depois do fim do recesso do Judiciário, em 1º de fevereiro. Em entrevista a VEJA, Marco Aurélio indicou que não atenderá a esse pedido.

Link da matéria no site Veja:

CONFIRA O VÍDEO DA REPORTAGEM PUBLICADA NO JORNAL NACIONAL:


terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Moro e genro de Léo Pinheiro são recompensados por Bolsonaro


Além do ex-juiz, que interferiu nas eleições e virou ministro da Justiça, novo presidente da Caixa tem familiaridade com principal delator e única fonte usada para incriminar Lula

Ainda que insista em tentar convencer a população de que montou sua equipe com base em critérios técnicos, fica cada vez mais claro que o governo Bolsonaro tem quitado algumas dívidas e dado aval para a nomeação de personagens que foram decisivos para impedir que Lula disputasse as eleições e abrisse caminho para que vencesse o pleito eleitoral – também com ajuda substancial defake news.

Além do ex-juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação sem provas do ex-presidente, o mandatário do Executivo deu cargo ao banqueiro Pedro Guimarães, genro de Léo Pinheiro, delator que tornou-se a única fonte de denúncia contra o ex-presidente – embora não tenha conseguido provar nada do que disse à PF.

A presença de Moro e Guimarães escancaram a promiscuidade entre o atual governo com algozes de Lula, vítima de um processo injusto que teve, entre outros objetivos, impedi-lo de disputar (e vencer) as eleições presidenciais de 2018.

Entenda quem é quem:

Sérgio Moro

A formalização do ingresso do juiz Sérgio Moro na política e a revelação de conversas por ele mantidas durante a campanha presidencial com a cúpula da campanha do presidente eleito é a prova final de que Lula foi processado, condenado e levado ao cárcere político sem que tenha cometido crime, com o claro objetivo de tirá-lo do processo eleitoral – do qual venceria em primeiro turno de acordo com todas as pesquisas de intenção de voto.

“A nomeação de Moro parece confirmar as alegações do Partido dos Trabalhadores de que as razões do juiz ter prendido Lula eram mais políticas do que judiciais. Seja isso verdade ou não, o novo emprego de Moro é apenas o exemplo mais dramático de um judiciário cada vez mais ativista que desempenha um papel político na América Latina”, definiu em artigo a revista The Economist

Antes mesmo da condenação, no entanto, a parcialidade de Moro já era flagrante Em 2014, na disputa entre a presidenta Dilma Rousseff e Aécio Neves, o juiz vazou grampos telefônicos de uma conversa da petista com o ex-presidente Lula, violando a Constituição Federal.

Pedro Guimarães

Fica difícil imaginar que a nomeação de Pedro Guimarães, ocorrida nesta segunda-feira (7), para a presidência daCaixa Econômica Federal tenha sido totalmente isenta, já que o banqueiro é genro do empresário Leo Pinheiro, ex-executivo da empreiteira OAS e que, da noite para o dia, modificou seu depoimento para incriminar o ex-presidente Lula na ação do triplex do Guarujá.

Pinheiro foi preso através de investigações da Lava Jato sob a acusação de pagar propina a políticos em troca de favorecimentos para sua empreiteira, mas conseguiu liberdade após fechar acordo de delação premiada para incriminar Lula.

A delação dava conta de que o apartamento seria uma recompensa por Lula ter concedido benefícios para a OAS em seu governo, mas não há nenhuma prova de que o petista teria recebido, de fato, o imóvel ou que era seu proprietário. Tanto é que o apartamento, após a prisão de Lula, foi leiloado para pagar dívidas da própria OAS – o que comprovaria que a empreiteira é a verdadeira detentora do imóvel que levou o ex-presidente ao cárcere.

Da Redação da Agência PT de Notícias

Olha a Mamata: Filho de Mourão é promovido a assessor especial da presidência do Banco do Brasil e triplica salário


Por Redação da Forum

Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, será assessor especial do presidente do Banco do Brasil. A promoção foi confirmada pela assessoria do banco nesta terça-feira (8).

Com o novo cargo, ele mais que triplicará seu salário, passando a ganhar R$ 36,3 mil por mês. A nova função equivale a um cargo de executivo.

Funcionário de carreira do banco há 18 anos, Rossell Mourão vinha atuando há 11 anos como assessor na área de agronegócio da instituição, ganhando cerca de R$ 12 mil mensais. Sua mulher, Silvia Letícia Zancan Mourão, também é funcionária do banco.

Na presidência, continuará exercendo a mesma função mas aconselhando o presidente do banco, Rubem Novaes, diretamente.

E agora? Onyx usava notas fiscais de empresa de amigo para receber verba de gabinete

Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil Foto: Dida Sampaio/Estadão
Responsável pela articulação política, ministro da Casa Civil teria recebido R$ 317 mil entre 2009 e 2018; informação foi revelada pelo Zero Hora e confirmada pelo Estado.

Redação, O Estado de S.Paulo
08 Janeiro 2019 | 09h43

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), usou 80 notas fiscais de uma empresa de consultoria pertencente a um amigo de longa data para receber RS 317 mil em verbas de gabinete da Câmara dos Deputados entre os anos de 2009 e 2018. As informações foram reveladas pelo jornal Zero Hora na manhã desta terça-feira, 8, e confirmadas pelo Estado. Entre as 80 notas, 29 foram emitidas em sequência, o que indica que Onyx teria sido o único cliente da firma. 

A empresa chamada Office RS Consultoria Sociedade Simples pertence a Cesar Augusto Ferrão Marques, técnico em contabilidade filiado ao DEM, o partido de Onyx. Marques também trabalhou em campanhas políticas do parlamentar. O jornal informa, ainda, que Marques não tem registro no Conselho Regional de Contabilidade. Ele é o responsável pela contabilidade do DEM no Rio Grande do Sul. 

A empresa está inapta na Receita Federal por omissão de valores ao fisco e tem R$ 117 mil em dívidas tributárias. Entre janeiro de 2013 e agosto de 2018, não recolheu impostos, apesar de ter emitido 41 notas a Onyx. 

Ao jornal Zero Hora, Marques confirmou que trabalha com Onyx há quase 30 anos como consultor tributário. Segundo ele, o ministro não é o seu único cliente. Marques, que tem outra empresa, disse que emite parte das notas fiscais por uma empresa ou por outra devido a questões tributárias. 

Governo Bolsonaro suspende reforma agrária por tempo indeterminado


Por Carta Capital

A reforma agrária durou menos de três dias no governo do presidente Jair Bolsonaro e não tem data para voltar a ser executada. As superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) receberam, na última quinta-feira 3 memorandos determinando a interrupção de todos os processos para compra e desapropriação de terras. De acordo com o Incra, 250 processos em andamento estão suspensos.

Movimentos sociais, servidores de carreira do Incra e especialistas na questão fundiária avaliam que a suspensão é o primeiro passo do governo Bolsonaro para extinguir a reforma agrária. Dos quatro funcionários do Incra ouvidos pela Repórter Brasil, que pediram para não serem identificados por temerem retaliações, dois acreditam que a medida revela a intenção do novo governo de acabar com a reforma agrária. Há também entre eles quem avalie que a suspensão é uma maneira de o governo ganhar tempo até serem editadas medidas que favoreçam o agronegócio.

O Incra informou que a interrupção é temporária, mas não detalhou o prazo de duração da medida. “Conforme consta no corpo do próprio documento, os processos foram sobrestados enquanto não se define a nova estrutura do Incra”, diz nota enviada à Repórter Brasil. Quando questionado quais os critérios adotados para a suspensão da aquisição de terras para a reforma agrária, o instituto disse que “não há que se falar em critérios técnicos, mas sim em medidas administrativas que visam o funcionamento das atribuições do Incra”.
O ACAMPAMENTO ZÉ MARIA, EM LIMOEIRO DO NORTE, É UM DOS POUCOS REDUTOS DE PLANTAÇÃO ORGÂNICA NO CEARÁ, ONDE FAZENDAS EXPORTADORAS DE FRUTAS USAM GRANDES QUANTIDADES DE AGROTÓXICOS (FOTO: LUNAÉ PARRACHO/REPÓRTER BRASIL)
Para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a medida pode aprofundar a violência no campo. “Se isso acontecer [a extinção da reforma agrária], haverá mais confrontos no campo”, avalia o dirigente nacional do MST, Alexandre Conceição. “Os latifundiários venceram junto com Bolsonaro e o que eles querem é mais concentração de terras nas mãos de poucas pessoas”, avalia.

Um segundo memorando, também enviado em 3 de janeiro, determina que as superintendências regionais disponibilizem, até a próxima quarta-feira a relação de todos os imóveis que podem ser destinados para a reforma agrária. O documento justifica que as mudanças se devem à alteração na estrutura do Incra, que no governo Bolsonaro deixa de estar ligado à Casa Civil e passa para o Ministério da Agricultura. “A equipe de transição da nova estrutura necessita conhecer a demanda existente no tocante a obtenção de imóveis rurais a serem incorporados ao Programa Nacional de Reforma Agrária”, diz o documento.

Um terceiro memorando reforça o pedido para suspender os processos de compra e de desapropriação de terras, com exceção daqueles que tramitam na Justiça, e detalha que a determinação também vale para as áreas da Amazônia Legal, que inclui nove estados banhados pela bacia hidrográfica do Rio Amazonas.

Dois memorandos foram assinados pelo ex-diretor do Incra Clovis Figueiredo Cardoso, ligado ao PMDB do Mato Grosso e indicado na gestão do ex-presidente Michel Temer. Clóvis foi exonerado após a divulgação dos documentos.

O terceiro documento foi assinado por Cletho Muniz de Brito, diretor de ordenamento da estrutura fundiária do órgão. Brito foi deputado estadual em Rondônia, onde adotou o nome político de “Brito do Incra”.

FEZINHA E OUTRAS 461 FAMÍLIAS PRODUZEM O CAFÉ ORGÂNICO GUAIÍ NO ACAMPAMENTO QUILOMBO CAMPO GRANDE (MG), QUE PODE SER AFETADO PELA SUSPENSÃO DA REFORMA AGRÁRIA (FOTO: CAIO CASTOR/REPÓRTER BRASIL)

A reforma agrária vem perdendo espaço no orçamento do governo federal desde 2015. Naquele ano, o Congresso aprovou gastos de 2,5 bilhões de reais para o programa Reforma Agrária e Governança Fundiária. Para 2019, a Lei Orçamentária Anual traz a previsão de gastos de 762 milhões de reais – corte de 70% em quatro anos. Essa política inclui não apenas a aquisição de terras para o assentamento das famílias, mas também gestão do cadastro rural, regularização da estrutura fundiária, desenvolvimento dos assentamentos e projetos de assistência social, educação e pacificação no campo.

Em 2018, o Incra tinha à disposição mais de 34 milhões de reais para a obtenção de novas propriedades rurais para criação de assentamentos, mas gastou somente 25 milhões e reais, segundo nota do Instituto.

O secretário ruralista

O responsável pelo programa de reforma agrária no governo Bolsonaro é o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, nomeado secretário especial da Regulação Fundiária do Ministério da Agricultura. Garcia foi protagonista no embate com o MST durante a década de 1990 nas disputas por terra no Pontal do Paranapanema, em São Paulo. À época, ele foi acusado por um fazendeiro de organizar milícias privadas na região e chegou a ser convocado a prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Terra.

O SECRETÁRIO ESPECIAL DA REGULAÇÃO FUNDIÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, NABHAN GARCIA, FOI PROTAGONISTA NO EMBATE COM O MST NA DÉCADA DE 1990 (FOTO: AGÊNCIA BRASIL)

“Colocaram a grande raposa tomando conta do galinheiro”, avalia o professor da Universidade Federal da Paraíba, Marco Mitidiero, referindo-se a Garcia. O professor pesquisa a questão fundiária brasileira e, na sua análise, a suspensão da reforma agrária faz parte do plano do governo Bolsonaro para bloquear a desapropriação de terra. Mitidiero entende que os movimentos sociais urbanos e rurais estão se articulando e que a medida do Incra deve gerar uma nova onda de ocupações de terra.

“Não queremos violência. Queremos reforma agrária”, frisa Conceição, do MST. Ele destaca que a prioridade do MST é cuidar da segurança das famílias, mas que o aumento da concentração fundiária leva, inevitavelmente, a um número maior de ocupações.

O dirigente do MST avalia que a natureza do governo Bolsonaro é provocar o conflito, mas que o movimento vai buscar a reforma agrária nos governos estaduais, no Judiciário e nas esferas onde houver diálogo. “A reforma agrária resolve dois problemas. Dá teto e alimento para os trabalhadores”, afirma.

A violência no campo explodiu em 2017. De acordo com relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram registrados 1.431 conflitos no campo com 71 mortes. É o maior número de assassinatos desde 2003, quando 73 morreram por conflitos rurais. Os números de 2018 ainda não foram divulgados pela CPT.

Para a Jeane Bellini, coordenadora da CPT, os avanços dos ruralistas na política institucional têm reflexo imediato na violência no campo. “Cada vez que a bancada ruralista cresce em influência, os grileiros avançam”, afirma. Bellini cita Anapu, no Pará, onde a missionária Dorothy Stang foi assassinada em 2005. Lá, nos últimos três anos, 16 trabalhadores rurais foram assassinados em conflitos por terra.

A medida do novo governo afeta acampamentos em praticamente todos os Estados do país. Entre os trabalhadores rurais que podem ser obrigados a postergar o sonho à terra, estão as 350 famílias que vivem no projeto de assentamento conhecido como Mata Preta, em Anapu. O local conta com duas escolas e 150 alunos. As famílias vivem da plantação de culturas diversas e da extração de recursos da floresta. Na área que ocupam, preservam 80% da vegetação nativa.https://reporterbrasil.org.br/

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Bolsonaro nomeia genro de Léo Pinheiro, o delator de Lula, para presidência da Caixa - Eles nem tem vergonha em disfarçar

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante cerimônia de posse aos presidentes dos bancos públicos.
(Foto: Agência Brasil)

Pedro Guimarães, o "especialista em privatizações" que assumiu a Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira (7), é genro de Léo Pinheiro, ex-executivo da OAS que foi preso por pagamento de propina e solto ao fechar acordo de delação premiada para incriminar Lula.

"O mais curioso é que eles nem sequer disfarçam que fazem parte do mesmo esquema golpista de 2016, que condenou LULA injustamente e ilegalmente".

Segue teor da Matéria da Revista Forum

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) oficializou nesta segunda-feira (7) a nomeação de Pedro Guimarães como presidente da Caixa Econômica Federal (CEF). O economista, que se especializou em privatizações nos Estados Unidos, é genro de Léo Pinheiro, ex-executivo da OAS.

Pinheiro foi preso através de investigações da Lava Jato sob a acusação de pagar propina a políticos em troca de favorecimentos para sua empreiteira. Ele foi solto, no entanto, após fechar um acordo de delação premiada para incriminar Lula.

Em seu depoimento, que motivou o processo contra o ex-presidente, o ex-executivo afirmou que Lula era uma espécie de “proprietário oculto” de um apartamento triplex no Guarujá, em São Paulo. A delação dava conta de que o apartamento seria uma recompensa por Lula ter concedido benefícios para a OAS em seu governo, mas não há nenhuma prova de que o petista teria recebido, de fato, o imóvel ou que era seu proprietário. Tanto é que o apartamento, após a prisão de Lula, foi leiloado para pagar dívidas da própria OAS – o que comprovaria que a empreiteira é a verdadeira detentora do imóvel que levou o ex-presidente ao cárcere.

O genro de Pinheiro, em seu discurso de posse como presidente da Caixa, sinalizou prioridade para as privatizações e anunciou a saída do banco público do mercado de crédito.

“Faremos isso (devolução do dinheiro ao Tesouro) via venda de participações de empresas controladas: seguros, cartões, assets (ativos) e loterias. Já começa agora, pelo menos duas neste ano”, disse Guimarães.

*Com Carta Capital