segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Bolsonaro nomeia genro de Léo Pinheiro, o delator de Lula, para presidência da Caixa - Eles nem tem vergonha em disfarçar

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante cerimônia de posse aos presidentes dos bancos públicos.
(Foto: Agência Brasil)

Pedro Guimarães, o "especialista em privatizações" que assumiu a Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira (7), é genro de Léo Pinheiro, ex-executivo da OAS que foi preso por pagamento de propina e solto ao fechar acordo de delação premiada para incriminar Lula.

"O mais curioso é que eles nem sequer disfarçam que fazem parte do mesmo esquema golpista de 2016, que condenou LULA injustamente e ilegalmente".

Segue teor da Matéria da Revista Forum

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) oficializou nesta segunda-feira (7) a nomeação de Pedro Guimarães como presidente da Caixa Econômica Federal (CEF). O economista, que se especializou em privatizações nos Estados Unidos, é genro de Léo Pinheiro, ex-executivo da OAS.

Pinheiro foi preso através de investigações da Lava Jato sob a acusação de pagar propina a políticos em troca de favorecimentos para sua empreiteira. Ele foi solto, no entanto, após fechar um acordo de delação premiada para incriminar Lula.

Em seu depoimento, que motivou o processo contra o ex-presidente, o ex-executivo afirmou que Lula era uma espécie de “proprietário oculto” de um apartamento triplex no Guarujá, em São Paulo. A delação dava conta de que o apartamento seria uma recompensa por Lula ter concedido benefícios para a OAS em seu governo, mas não há nenhuma prova de que o petista teria recebido, de fato, o imóvel ou que era seu proprietário. Tanto é que o apartamento, após a prisão de Lula, foi leiloado para pagar dívidas da própria OAS – o que comprovaria que a empreiteira é a verdadeira detentora do imóvel que levou o ex-presidente ao cárcere.

O genro de Pinheiro, em seu discurso de posse como presidente da Caixa, sinalizou prioridade para as privatizações e anunciou a saída do banco público do mercado de crédito.

“Faremos isso (devolução do dinheiro ao Tesouro) via venda de participações de empresas controladas: seguros, cartões, assets (ativos) e loterias. Já começa agora, pelo menos duas neste ano”, disse Guimarães.

*Com Carta Capital

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